Após 122 anos da extinção da Colônia, localizada em Santa Bárbara no
interior de Palmeira, o local ganhou um memorial para lembrar o italiano
Giovanni Rossi
Formada por um grupo de libertários mobilizados pelo jornalista e agrônomo
italiano,
Giovanni Rossi, a Colônia Cecília foi a única comuna
experimental baseada em premissas anarquistas de toda a América Latina.
Após 122 anos da extinção da Colônia, localizada em Santa Bárbara no interior
de Palmeira, o local ganhou um memorial para lembrar onde Rossi e seus
companheiros ergueram a bandeira rubro e negra, símbolo mundial do anarquismo.
“Nosso propósito não é a experimentação utopística de um ideal, mas o estudo
experimental – e o quanto possível rigorosamente científico – das atitudes
humanas em relação a um determinado problema,” dizia Rossi, idealizador da
experiência.
Visto de cima, o memorial tem formato de um “A” símbolo mundial do
anarquismo e em seu entorno oito totens resumem através de mosaicos a
trajetória dos três anos da Colônia antes de sua extinção. O local também
abriga uma pequena casa construída em madeira, reconstituindo os padrões da
época, onde serão vendidos livros e suvenires após sua inauguração. Segundo
Jaudeth Ramos Hajar, Secretário de Indústria, Comércio e Turismo, a obra já está
concluída, porem sua inauguração só acontecerá dentro de dois meses.
“Pretendemos inaugurar o memorial em abril para coincidir com o aniversário do
município e a semana da Colônia Cecília, instituída por lei municipal,”
esclareceu o secretário.
São inúmeros turistas e pesquisadores que chegam a Palmeira para saber e
conhecer mais sobre o anarquismo. Evaldo Agottani, descendente de italianos
anarquistas e produtor de vinho, acredita que a visitação no local e o aumento
no fluxo de visitantes contribua para aquecer o turismo rural na
região e a venda de seus produtos feitos com a uva, manejo herdado
dos ancestrais.