terça-feira, 25 de agosto de 2015

Colônia Cecília recebe memorial anarquista



Após 122 anos da extinção da Colônia, localizada em Santa Bárbara no interior de Palmeira, o local ganhou um memorial para lembrar o italiano Giovanni Rossi
Formada por um grupo de libertários mobilizados pelo jornalista e agrônomo italiano,
Giovanni Rossi, a Colônia Cecília foi a única comuna experimental baseada em premissas anarquistas de toda a América Latina. Após 122 anos da extinção da Colônia, localizada em Santa Bárbara no interior de Palmeira, o local ganhou um memorial para lembrar onde Rossi e seus companheiros ergueram a bandeira rubro e negra, símbolo mundial do anarquismo. “Nosso propósito não é a experimentação utopística de um ideal, mas o estudo experimental – e o quanto possível rigorosamente científico – das atitudes humanas em relação a um determinado problema,” dizia Rossi, idealizador da experiência.
Visto de cima, o memorial tem formato de um “A” símbolo mundial do anarquismo e em seu entorno oito totens resumem através de mosaicos a trajetória dos três anos da Colônia antes de sua extinção. O local também abriga uma pequena casa construída em madeira, reconstituindo os padrões da época, onde serão vendidos livros e suvenires após sua inauguração. Segundo Jaudeth Ramos Hajar, Secretário de Indústria, Comércio e Turismo, a obra já está concluída, porem sua inauguração só acontecerá dentro de dois meses. “Pretendemos inaugurar o memorial em abril para coincidir com o aniversário do município e a semana da Colônia Cecília, instituída por lei municipal,” esclareceu o secretário.
São inúmeros turistas e pesquisadores que chegam a Palmeira para saber e conhecer mais sobre o anarquismo. Evaldo Agottani, descendente de italianos anarquistas e produtor de vinho, acredita que a visitação no local e o aumento no fluxo de visitantes contribua para aquecer o turismo rural na região e a venda de seus produtos feitos com a uva, manejo herdado dos ancestrais.